Confissão
No parapeito da varanda ,deixei o vento bater em meu rosto
Revoltar meu cabelo e fazer calafrios pelo corpo ,
As brisas me trouxeram em recordação uma visão,
coesa , distinta , bela , meiga , veraz ,
Enaltecendo ,reverberando o sem luz a condução fulgaz ,
Estranho por que não me permiti antes imaginar tal coisa,
Sonhos, ocasiões na companhia da dama dos pensamentos,
O que será então o que eu sinto ?
O que sonda Minha envoltura em palpites inseguros?
Aos poucos conquistando,tendo de um todo uma parte para si
inexplicável, incalculável a medida como se expande ,
Impossível , por que não posso amar novamente ,
inviável amor que venhas dar-me tua luz e depois levar mais uma parte de Mim.
Com lágrimas nos olhos, penso no medo ,
Contar a outro saber meu segredo
Do que sou ,
Minha força estremeci, minha fúria tem domínio e cessar,
Por esta confissão,
O desarme completo , sem defesa por imaginar assim,
que posso perder-me no sabor doce da paixão
Navegar novamente em mares não conhecidos enfim,
medo? pavor por que é sentimento ,tenho razão,
Se for de tua vontade senhor , eis aqui uma recomendação do teu querer , abro meus braços e por fim entrego-me com vendas nos olhos
desbravando os confis do amor , sejas então meu coração a pura confissão .. de verdade....