Letras 0514 - Navegante
Navego meus mares vida, tardes de nada,
como cinza que vem com a noite feita,
uma estrela, outras cai no horizonte ao longe,
como se fossem goteiras, uma a uma perdida.
Bebo ondas grandes de saudade da terra,
os olhos embaçam como vidraças na nevoa,
um amor pobre que traz frio e calor,
o corpo em brasa queima como tora na lareira.
Caminho ventos mares navegantes de mim,
atalho promessas de anjos moucos,
grito meu amor-paixão com efeito cênico,
nada é azul, o mar ou o arco-íris, tudo mentira.
Velas ao vento, como diria se houvesse uma nau,
a vida pára no meio de um espelho d’água,
milhares de promessas submergem,
enquanto nuvens encobrem uma vida.
15/12/12008