AMOR DE SONHO

Nos princípios da minha adolescência, e ao mesmo tempo que descobria os mundos da literatura, também aprofundei o gosto da infância sobre Banda Desenhada, passando então para um patamar superior, da Banda Desenhada de qualidade maior. Descobri imensa coisa, e esses mundos ajudaram-me a conceber os meus de Ficção Cientifica.

De Todas as personagens, houve uma que ficou mais do que as outras pela sua história: Chamava-se Axle Munshine (O vagabundo dos Limbos) e na sua gigantesca nave percorria todo o Universo à procura de um amor que via em sonhos, que apelava por ele para que a achasse, fazendo-o assim procurar incansavelmente esse Amor de Sonho, mas que ele sabia bem real.

Este poema é baseado em imensa coisa, nas minhas aspirações, nos meus sonhos, mas também na figura de Axle Munshine e da busca da sua amada Chimeer

AMOR DE SONHO

Em cada noite me saúdas

Com infinitas carícias

Que eu creio reais

Mas que tenho duvidas

Que não sejam apenas fictícias

Em cada noite me levas

A viajar pelos teus infinitos recantos afectivos

Mundos nunca repetitivos

Que sabes bem

Ser aquilo que preciso

Em cada noite me convidas

Para um Amor sem tempo e muito menos sem espaço

Pois estamos no Reino dos Sonhos

Onde tudo o que desejarmos pode acontecer

E Tu lá estás bem presente

Pois sabes

Que o meu maior medo é te perder

Em cada noite te juntas no meu regaço

Na minha proverbial

Mas calada inadaptação

Fazendo-me ser menos diferente

Que o resto da multidão

Em cada noite repetes o teu nome

Que sabes eu ir esquecer

Quando acordar

Para o resgatar ao anoitecer

Em cada noite te tornas efectiva

Deixando as horas passar

E lentamente te evanesceres

Quando surgirem os primeiros raios do dia…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 15/12/2008
Código do texto: T1336667
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