AMOR DE SONHO
Nos princípios da minha adolescência, e ao mesmo tempo que descobria os mundos da literatura, também aprofundei o gosto da infância sobre Banda Desenhada, passando então para um patamar superior, da Banda Desenhada de qualidade maior. Descobri imensa coisa, e esses mundos ajudaram-me a conceber os meus de Ficção Cientifica.
De Todas as personagens, houve uma que ficou mais do que as outras pela sua história: Chamava-se Axle Munshine (O vagabundo dos Limbos) e na sua gigantesca nave percorria todo o Universo à procura de um amor que via em sonhos, que apelava por ele para que a achasse, fazendo-o assim procurar incansavelmente esse Amor de Sonho, mas que ele sabia bem real.
Este poema é baseado em imensa coisa, nas minhas aspirações, nos meus sonhos, mas também na figura de Axle Munshine e da busca da sua amada Chimeer
AMOR DE SONHO
Em cada noite me saúdas
Com infinitas carícias
Que eu creio reais
Mas que tenho duvidas
Que não sejam apenas fictícias
Em cada noite me levas
A viajar pelos teus infinitos recantos afectivos
Mundos nunca repetitivos
Que sabes bem
Ser aquilo que preciso
Em cada noite me convidas
Para um Amor sem tempo e muito menos sem espaço
Pois estamos no Reino dos Sonhos
Onde tudo o que desejarmos pode acontecer
E Tu lá estás bem presente
Pois sabes
Que o meu maior medo é te perder
Em cada noite te juntas no meu regaço
Na minha proverbial
Mas calada inadaptação
Fazendo-me ser menos diferente
Que o resto da multidão
Em cada noite repetes o teu nome
Que sabes eu ir esquecer
Quando acordar
Para o resgatar ao anoitecer
Em cada noite te tornas efectiva
Deixando as horas passar
E lentamente te evanesceres
Quando surgirem os primeiros raios do dia…