A fuga
Onde foi parar todo aquele amor,
que se manifestou na manhã
invernal de julho.
Naquela estação foi rompida a barreira do silêncio
para dar lugar às canções mais quentes e sublimes
que falavam do amor, que tempos depois se esgotou.
Lançaram-no no abismo do esquecimento e ali o deixaram,
sem sequer refletir que em algum dia do passado existiu
e foi aos poucos apagado por sua própria falta.
Em sonhos talvez surgisse, ostentando beleza e grandeza,
dos dias em que era tão vivo, assim como um jardim florido.
O calor nos dias frios não foi suficiente para aquecê-lo;
sua necessidade não foi suprida todo dia.
E assim foi embora, sem deixar rastro ou explicação de sua existência.
Permitiu apenas saber que são inefáveis as
suas condições de chegada e partida.