O Amor Mata
Ainda que eu falasse a língua dos homens,
Sem amor eu nada seria,
O amor soa como aquilo que ensandece,
Que nos faz apáticos, quase bobos diante do ser amado.
Porque de repente fomos ficando sozinhos com a casa cheia,
Fomos ficando tristes no meio do circo,
Fomos ficando calados na hora do show.
Porque o amor, esse da vida, também mata, aos poucos.
O amor nos acorda para a eternidade
E se ficamos sem gozar com o parceiro,
É porque em algum momento nos deixamos ferir pelo desamor.
Falta aquela palavra mágica, aquele toque, aquele silêncio, aquele deitar-se ao lado.
O amor mata. E se morte e amor têm esta força quase surreal,
O amor suplanta a ferida e põe no tempo uma poesia de vida.
Viver é impossível. Tem que se repetir Cecília Meireles
“A vida só é possível, reinventada”.