AMORES OPOSTOS
Mulher vivida e genitora se viu perdida nos apelos do mancebo;
Cujo viver ainda aflora cedo, enquanto ela é transeunte experiente;
Não mais que de repente se dão às armadilhas do desejo;
Ímpetos desatam os laços do meço, contraste de magia envolvente!
Então se dão os alaridos cujo propósito é tal "ultraje" contrapor;
E o que será de tal amor a desfilar por universos tão opostos?
Permanecerão dispostos a transgredir perante o mundo e militar a seu favor?
Subsistirá simétrico ardor ou não resistirão aos óbvios pressupostos?
Cogita o preconceito que não se inflama como antes a diva já madura;
Também o estereótipo perdura que a juventude é mergulho hormonal;
E se a suspeita desleal vier a ser sinal de um possessivo mal sem cura?
Teria ela argumentos à altura para contê-lo em sua impetuosidade visceral?
A jovialidade é espiritual, é o que todos vivem a dizer;
Mas quando o peso etário pender, será menor que as cobranças da paixão?
E qual será a solução para a relação entre dois mundos a se contradizer?
As rugas não irão prevalecer ou padecerá o amor nas guilhotinas do padrão?
"Quando o relógio do amor costuma trabalhar, não se domina a preferência dos ponteiros"