PASSAS-TE (Versão IV)
Em 1998 publiquei um dos primeiros poemas que escrevi, ficando um carinho muito grande por ele e, especialmente, pelo seu título.
Desde essa altura que já escrevi com o mesmo título outras 3 versões, sendo que esta é a quarta.
PASSAS-TE
Os teus olhos de quase amante
Pelos meus
E convidaste-me para uma duvidosa eternidade
O convite ficou pendente
Pois julguei já ser demasiado tarde…
Passas-te
Os teus lábios sobre os meus
Como uma fugitiva que procura abrigo
Retribui o gesto
Sabendo que realmente
Nunca poderias ficar comigo…
Passas-te
A tua imaginação
Sobre o ermitério
Onde me encontrava abrigado
Por sentir
, Muito antes de chegares,
A tua presença
E pela dor atroz
De sentir
Que nunca te teria a meu lado
Passas-te
Como um Deus
Pela brisa da Madrugada
Anunciando que estavas ali
Mas ao mesmo tempo
Em qualquer outro lugar
Anunciando uma nova era para mim
Uma era de libertação
Onde o amor seria uma causa
Do que faria depois de Ti
Mas nunca
Condição…