PASSAS-TE (Versão IV)

Em 1998 publiquei um dos primeiros poemas que escrevi, ficando um carinho muito grande por ele e, especialmente, pelo seu título.

Desde essa altura que já escrevi com o mesmo título outras 3 versões, sendo que esta é a quarta.

PASSAS-TE

Os teus olhos de quase amante

Pelos meus

E convidaste-me para uma duvidosa eternidade

O convite ficou pendente

Pois julguei já ser demasiado tarde…

Passas-te

Os teus lábios sobre os meus

Como uma fugitiva que procura abrigo

Retribui o gesto

Sabendo que realmente

Nunca poderias ficar comigo…

Passas-te

A tua imaginação

Sobre o ermitério

Onde me encontrava abrigado

Por sentir

, Muito antes de chegares,

A tua presença

E pela dor atroz

De sentir

Que nunca te teria a meu lado

Passas-te

Como um Deus

Pela brisa da Madrugada

Anunciando que estavas ali

Mas ao mesmo tempo

Em qualquer outro lugar

Anunciando uma nova era para mim

Uma era de libertação

Onde o amor seria uma causa

Do que faria depois de Ti

Mas nunca

Condição…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 13/12/2008
Código do texto: T1333760
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