SÁBADO AMANTE

Lá fora o sol deflora metáforas empederníveis e lhes converte em flores;

Chegou precisamente pra dissipar seus opositores, nos adveio qual troféu;

É hora e dia de estancar o fel, não mais servir ao destino e dele ser senhores;

Hoje nossos lábios são tenores, cantando a paixão que sai da Terra e adorna o céu!

É finda finalmente a jornada da semente proibida;

Nossa vereda surreal achou saída, do nosso arbusto despontamos imponentes;

Calados estão os prováveis descrentes e o não da decência fugiu da guarida;

O prazer veio cumprimentar nossa investida e nos presenteou com anelos ardentes!

Que se prepare o leito vazio de até então, não se impressionem as quatros paredes que vão nos assistir;

O que nos impediu até aqui, cai de joelhos nesse dia promissor;

O passo além é hoje o emissor de tudo que a vontade assumida ousou poder ouvir;

Pois hoje finalmente vamos nos nutrir de tudo quanto a fantasia tão somente almejou!

E os largos passos da volúpia irão deixar pra trás o proibido fabricante de inércia;

Hão de encaixarem-se as peças, o nosso crime padecerá seu bem;

Porque o sábado nos diz que agora vêm e a superfície beijará sua paixão imersa;

Foi-se o tempo do afã e da conversa, é hora do inimaginável ir muito além!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/12/2008
Código do texto: T1333656
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.