Perdi... Perdi...
Perdi os seus sorrisos e os seus beijos ardentes,
Entre minhas pernas seu corpo já não se apresenta,
E minha pele não arrepia, por seus toques envolventes.
De sua saliva, minha sede não mais se contenta.
Os gemidos roucos, enlouquecidos, as levitações,
Tudo se perdeu e meus instintos feridos reclamam por ti.
Quiçá, restassem em mim, apenas as antigas ilusões,
Mas sequer minhas invenções, ressuscitam-me, morri!
Trapaceiro e ingrato, é o coração que em meu peito bate,
Fica a chorar pelos cantos e se recusa a te esquecer,
Entre a cruz e a espada, num doloroso embate,
Sabe que já não pode, mas ainda quer te ver...
Á duras penas, eu reservo um cálice deste amargor,
Guardo no odre especial das coisas que devo recordar.
Assim se algum dia, eu novamente encontrar o amor,
Lembrarei deste sabor e com o outro procurarei não errar...