Perdi... Perdi...

Perdi os seus sorrisos e os seus beijos ardentes,

Entre minhas pernas seu corpo já não se apresenta,

E minha pele não arrepia, por seus toques envolventes.

De sua saliva, minha sede não mais se contenta.

Os gemidos roucos, enlouquecidos, as levitações,

Tudo se perdeu e meus instintos feridos reclamam por ti.

Quiçá, restassem em mim, apenas as antigas ilusões,

Mas sequer minhas invenções, ressuscitam-me, morri!

Trapaceiro e ingrato, é o coração que em meu peito bate,

Fica a chorar pelos cantos e se recusa a te esquecer,

Entre a cruz e a espada, num doloroso embate,

Sabe que já não pode, mas ainda quer te ver...

Á duras penas, eu reservo um cálice deste amargor,

Guardo no odre especial das coisas que devo recordar.

Assim se algum dia, eu novamente encontrar o amor,

Lembrarei deste sabor e com o outro procurarei não errar...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 13/12/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1333293
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