OS SENHORES DO PRAZER

À queima-roupa e sem prévios prognósticos intuitivos;

Sem propor alívios e o menor pudor perante rios de libidinosidade;

Contrário à plasticidade de tudo que se impõe ao reino dos sentidos;

Ressonância aos gemidos, vales invadidos de doces intensidades!

Volúpia habilidosa na advocacia a todas as irrestrições;

Derramadas sensações que ao corpo assolam de deleites;

Reverência ao céo sob enfeites, que bate palmas às transbordações;

Delícias em leilões, adquiridas por células sob unânimes ramalhetes!

A culpa do prazer, inocentando os veredictos da loucura;

Dá-se, pois, a ruptura e nós retalhos nos tornamos tal essência;

Contraditando a coerência e conhecendo a mais indecente ternura;

Somos a transgressão mais pura e a paixão nos presta reverência!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/12/2008
Código do texto: T1333108
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