OS SENHORES DO PRAZER
À queima-roupa e sem prévios prognósticos intuitivos;
Sem propor alívios e o menor pudor perante rios de libidinosidade;
Contrário à plasticidade de tudo que se impõe ao reino dos sentidos;
Ressonância aos gemidos, vales invadidos de doces intensidades!
Volúpia habilidosa na advocacia a todas as irrestrições;
Derramadas sensações que ao corpo assolam de deleites;
Reverência ao céo sob enfeites, que bate palmas às transbordações;
Delícias em leilões, adquiridas por células sob unânimes ramalhetes!
A culpa do prazer, inocentando os veredictos da loucura;
Dá-se, pois, a ruptura e nós retalhos nos tornamos tal essência;
Contraditando a coerência e conhecendo a mais indecente ternura;
Somos a transgressão mais pura e a paixão nos presta reverência!