O canto das águas

No vai e vem das ondas,
A canoa balança e vai...
Num dos barcos que emerge
E parte seguramente tu vais

Eu desisti de ti esperar
Tranqüilizei-me para sempre,
E vivi de intermináveis vidas
Saudoso do amor ausente

Quando a canoa pelo mar te levou
Meus olhos, entre montanhas e brisa,
Ofuscaram-se  qual o negrume da noite,
A tudo que matizado e colorido existia 

Minhas mãos na atmosfera imobilizaram-se
E enrijeceram junto à fria aragem,
E empalideceram-se sozinhas
À  mercê da derradeira sondagem.

E o sincero amor que eu te oferecia
Veio em socorro ao meu coração
Aí eu me atinei que buscar-te
Serenamente  nas ondas precisaria
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R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 13/12/2008
Reeditado em 14/12/2008
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