Le soir

O grito torto dos anjos ecoa suave

Gravetos escondem o céu e não há flores

Da janela a sombra aos poucos é passado.

Do lado de lá, valsa: de cá, samba solto

Antes uma carta, hoje e-mail a torto

E se nada dava, agora o (contra)gosto!

O que passa nessa folhagem seca e suave?

Talvez ânsia, só: a espera, mais nada.

Seria a hora de voltar e fazer as malas

… ou repousar o esforço d’alma aniquilada?!

E eis que me assumo sentindo sempre e só nós

Será que falo de dois ou de alguém?

Provável se o que digo é quase, nada.

Tutum… tutum… tutum. tutum…. dispara.