Minha Embriaguez...

Serpenteio, entre os labirintos que seu desprezo invernal produz,

Não encontro um unico motivo pra eu continuar a seguir sua luz.

No desejo mais profano, delirando e pranteando a mais vil emoção.

Meu corpo permanece anseando, o toque pétreo de sua mão.

Impossivel não recordar, nossos sonhos. Aí, o indesejável permeia,

E me vejo, fora do seu contexto, mas ainda presa em sua teia.

Por vezes os meus pés são atraídos pelo rastro que você deixou,

E me levam, infrenes, aos lugares lindos, onde a gente se amou...

A culpa não é minha amiga, nem pode suplantar meu sentimento.

Eu bem queria, que fosse fácil assim, romper com esse sofrimento.

Alguns tragos, de um vinho, outros tragos de tequila, outros de rum,

Alguns breves momentos de embriaguez, que eu retorne de nenhum...

Quero esquecer as feridas que a adaga dos meus infortunios ridículos,

Suscitaram, com imprudência, em todos os mais profundos cubículos,

Do seu coração valente e imenso, prontamente disposto a me receber.

Lamentar não é suficiente, pra alivar a tristeza que tanto te faz sofrer.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 12/12/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1332377
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