Meu Bem... Meu mal...
Querer que me fascina, que me acalenta e desespera,
Que quando noite me guia, mas no dia a dor me oferta.
No relento não me acude, na angustia não me espera.
Minha mente povoa, enquanto meu coração, deserta.
Querer que já me descartou e não mais por mim suspira.
Que me responde com ira, quando antes havia maciez.
Em seu sonho travesso, meu corpo esguio não mais delira.
Restaram dos sorrisos, apenas linhas inexpressivas na tez.
Querer que ainda me assombra em devaneios ordinários.
Que me enfurece, com seus desleixos frequentes e vários.
Cheio de máculas e resquicios, não sei se de ódio ou amor,
Mas mesmo que nesse intuito de somente causar a dor,
É o querer mais pleno e infinito, mais divino e celestial,
Quisera eu tê-lo em meus braços, seja meu bem ou meu mal...