Meu bem querer

Ela não quer saber de mal me quer,

Talvez tenha perdido um pouco do encanto de correr atrás das borboletas, porque ela não consegue captura- lás em sua bolha gigante? Hoje ela acordou sem espreguiçar na cama, não leu um livro durante a tarde, nem o por do sol foi capaz de observar, em pensar que ela não resistia ver um céu baunilha.

Bebeu meio copo de água e colocou meia dúzia de palavras ao vento, palavras absurdas, indignas de lábios tão formosos.

Hoje ela olhou no espelho com ar maquiavélico e apesar de não conhecer bem a historia de Nicolau ela entendeu o porquê de seu vulgo.

E ela que contagiava com sorrisos arrebatadores, hoje não quer mais saber de mal me quer, puxou todas as folhas de sua margarida em uma só frase, e o final não seria outro se ela própria bem me quer.

Loucura absurda, vestígios de castelos construídos na área.

Mas ela bem me quer, me odeia de dia e me ama de noite porque me quer. Engana a si mesma e tem pena das borboletas, deixa o sol se por, finge, disfarça mais em seu puro drama se coçou para terminar sua leitura, quase acordou como uma gata está manhã e os lábios? Meu Deus que deleite, ela não conseguiu mais que dois palavrões e meramente sorriu de si mesma, gargalhou porque em seu drama; ela bem me quer.

Gabe
Enviado por Gabe em 12/12/2008
Reeditado em 08/06/2009
Código do texto: T1332252
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