Quando...?
QUANDO…?
(canção)
Parares finalmente
E puderes enfim respirar
Vais ver que a vida também são rosas
Que estão longe de murchar
Quando…?
Te decidires
Em inspirar outros ventos que não os de guerra
Repararás
Que algo bem dentro de ti a luz encerra
Numa terrível prisão
De grandes muros
Que em tempos ergueste
Para te proteger ainda não sei bem de quê
Pois ainda não sei bem onde te meteste
Fugindo duma sombra que por todo o lado te procura
Sombra que existe
Sempre que haja luz
Mesmo sendo esta apenas ternura
Ignorada por ti
Pois os teus olhos exalam pessimismo
Duma boca que nunca fala
Dum eterno mutismo
Porque as palavras são um bálsamo
Mesmo para a solidão
Pois se falarmos nunca estamos sós
Ouvimos a nossa voz a ecoar na imensidão
Mas estas são palavras
Que vais deixar idas no vento
Pela simples razão
De nem sequer das coisas boas tirares provento
Pergunto então pela primeira da última vez
Quando…?
É que vens para casa
E colocas um ponto final nesta canção
Que fala demasiadas vezes de ti
E da nossa solidão
Quando…?
Poema protegido pelos Direitos do Autor