Éramos e Somos
Éramos quase silêncio na noite
Perambulando sonhos e memórias...
Dormências da mesma estória
Deixando-nos sonâmbulos pernoites.
Éramos desejos não dormidos...
Juras entre meus seios e teu peito
Dizendo-nos morrer desse jeito
Abraçados, plenos de nossos sentidos.
Éramos dia claro na madrugada escura...
O instinto do meu sorriso a reviver
Teu corpo imperador no meu querer
Nu, calado, acordando-nos criaturas.
Éramos e somos o deleite apaixonado...
Recanto indefeso que nos fez tão lindos,
Pois exuberas, imantas o que não é findo,
Tu permaneces presença, sem passado.
Vem, Ó meu amado !