Já não mais nada
A paz perturbada, diz nada,
só ouve
Estive parado, quebrado,
mas hoje
Estou concertado,
e desconcertado
meu peito está a fiar mil canções ao luar
pra você escutar
A alma consternada, chorava
Por dentro
Mas você chegou sem qualquer
Sofrimento
Eu tive cuidado
E fui avisado
Mas mesmo assim me surpreendeu
O que era? O que foi que se deu?
Foi aí que eu descobri
O sabor da tristeza
E da solidão que renega
E te pega
E te morde e esfrega
Por que tanta frieza?
Cuidado, pecado, estado...
Recado, marcado, ouvido
Teu olho, minha pele, meu grito
Seu lábio marcado comigo
Meu doce e tolo castigo
E o teu fim de sono tranqüilo
A luz derradeira, certeira
Mostrava
A noite azul, o cruzeiro-do-sul
Clareava
Paixão e tormento
E envolvimento
A clara ilusão do que eu já não sei
A que ponto cheguei?
Foi aí que eu reneguei
O sabor da tristeza
E a solidão que descobri
Que te deixa aqui
E te morde e te esfrega
Pra que tanta frieza?
Cuidado, pecado, estado...
Recado, marcado, ouvido
Meu rosto, tua pele, teu grito
Seu lábio marcado, castigo
É doce e tolo e tranqüilo
O seu fim de sono comigo