Já não mais nada

A paz perturbada, diz nada,

só ouve

Estive parado, quebrado,

mas hoje

Estou concertado,

e desconcertado

meu peito está a fiar mil canções ao luar

pra você escutar

A alma consternada, chorava

Por dentro

Mas você chegou sem qualquer

Sofrimento

Eu tive cuidado

E fui avisado

Mas mesmo assim me surpreendeu

O que era? O que foi que se deu?

Foi aí que eu descobri

O sabor da tristeza

E da solidão que renega

E te pega

E te morde e esfrega

Por que tanta frieza?

Cuidado, pecado, estado...

Recado, marcado, ouvido

Teu olho, minha pele, meu grito

Seu lábio marcado comigo

Meu doce e tolo castigo

E o teu fim de sono tranqüilo

A luz derradeira, certeira

Mostrava

A noite azul, o cruzeiro-do-sul

Clareava

Paixão e tormento

E envolvimento

A clara ilusão do que eu já não sei

A que ponto cheguei?

Foi aí que eu reneguei

O sabor da tristeza

E a solidão que descobri

Que te deixa aqui

E te morde e te esfrega

Pra que tanta frieza?

Cuidado, pecado, estado...

Recado, marcado, ouvido

Meu rosto, tua pele, teu grito

Seu lábio marcado, castigo

É doce e tolo e tranqüilo

O seu fim de sono comigo

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 10/12/2008
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