HISTÓRIA DE UM AMOR EM SENTIDO ÚNICO
De chávena de café na mão
E um cigarro na outra
Observo o horizonte de cores irreais
Porventura estarei a sonhar
Porque te sinto bem perto de mim
Das coisas intersticiais
Que fazem o homem que sou
Demasiado realista
Mas sem nunca abandonar
Os meus Ideais
Observando os tempos passados
Os tempos que virão
Mas sem olhar para o presente
Não tendo por isso
Aquela desagradável sensação
De te sentir
Mas de não te ver
De estar a cair
Sem me poder mexer
Porque o presente é isso:
Uma queda quase aleatória
De debaixo para cima
Coisas algo estranhas
Mas uma certa estranheza
Sempre foi a minha história
E mesmo assim
Periodicamente dou comigo a rir
Com vontade
E não de uma forma coloquial
Sorrio com o que tenho
Lamentando que não estejas
Dissertando em silêncio sobre tal
Sabendo
Que não levarás a mal
Porque não o sabes
O queres ignorar
E dessa maneira tão própria
Me escondo atrás da árvore venal
Tecendo contas torpes à vida
E pensando se merecerei algum dia o céu
Sem passar pelo purgatório
Porque te Amei demais
Mas foi um Amor em sentido único
Mas não obrigatório…