acidental
há n’águas turvas
– de saudade –
olhos que adentram
mares
dos oceanos que há
sou eu estas letras
é íntimo
este diálogo
e se ouves cala
escalam os cílios
pé ante pé
o madeiral das pálpebras
range, estala, uiva
o que hoje vê
veda
sela o trinco
molda o muro
e o futuro
balança
um vai-e-vem
que amanhã
se pôs no sol
ácido
por acidente