Cinqüenta e uma vezes teria de ser poeta

Em vermelho, sim vermelho...

Não um rubro carmim

Cinqüenta e uma vezes eu vi... Vejo

Pirulito

Sorriso

Deleite

Delírio

Tatuagem

Beijo de selinho

Menina com iguana

Na praia

A beleza que emana

Queimada

Molhada

Uma miragem?

Peitos, na medida do prazer...

Assim perfeitos

Fazem meu sonho e meu querer

Admiro mais e mais eu vejo

Levo do teu jeito

À vontade de dançar

Em ti, suave...tocar

Enfim

Todo e mais... Eu vi

Vi um corpo perfeito

Curvas e deleites

Medidas exatas

Olhadas e desejadas

Você em mesa farta

Cinqüenta e uma vezes eu vi

Vi e senti o desejo

Entre pedras

Onde me leva

Entre as águas

Tua face calma

Tarde serena

Mulher pequena

Entre o verde a sua volta

Gigante mulher de Atena

Teu ser que se solta

Cinqüenta e uma vezes eu vi

Muito mais que um corpo lindo

Mais suave que a seda

Vejo teus olhos...

És uma Helena de Tróia, Afrodite que reina!

Vi e me encantou, seu sorriso...

Cinqüenta e uma vezes...

Foram vezes que te olhei...

Ao piscar dos teus olhos, assim que vi...

E Cinqüenta e uma vezes teria de ser poeta

Para dizer o que senti

Da série: Lembranças (reescritas) vivas, vermelhas...

"Cinqüenta e uma vezes teria de ser poeta, durante dois décimos de segundo entre o movimento da retina e o cérebro, captando imagens..."

OTAVIO JM
Enviado por OTAVIO JM em 07/12/2008
Código do texto: T1323849
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