Mil pedaços...
Quanto tempo ainda resta, quantas marcas ainda,
Vão me sobressair à testa, antes de eu encontrar.
Um motivo menos infame, uma resolução linda,
Pra essas questões que insistem em me incomodar.
Será que todas as minhas ilusões deliberadas,
Resultarão em tristes lágrimas mornas e salgadas.
Será que nada, vai me entusiasmar de verdade...
Em quantas metades devo quebrantar meu peito,
Os pedaços terão de ser pisoteados, por uma multidão...
E a euforia anterior, hoje me sorri com saudade,
Nunca mais repousará seu brio sobre meu leito,
Tenho um mármore frio, no lugar do coração...
Os meus dias se arrastarão sem emoções,
As memórias deterão o poder, em meu ser.
Ficarei satisfeita, se no decorrer desta vida,
Eu encontrar uma razão não deteriorável de viver!
Enquanto os meios vão justificando meus fins,
Permeio os sentimentos, distante dos confins...
Realizo o que me é permitido, e pranteio,
O que não foi concedido, mas me é esteio...
Se, te vejo, todo esse sofrimento se dissipa, sem explicação,
Mas você, sequer retorna a minha ligação...