A Fragata e a Sereia II *

A fragata voltou ao cais

Desolada, revoltada pelas ondas tempestivas!

Ventos que a-levaram à costa

Flâmulas que dançam, balançam...

Balançam...

Fragata de outrora...

Enrascada pelo amor sereiano.

Sem planos

Volta vazia, sem tripulantes...

Rumo ao sabor do vento.

Agora restam sonhos

De novas sereias encontrar

Navegar...

No mar de silêncio cortante.

De negros e profundos leitos...

Pedras...

Atóis...

Mar sem ânimo...

Fragata afundada num mar de paixões.

Sereia que se foi...

Desencontros...

Maremotos...

Chuva...

Depois...

O brilhos da lua sob as ondas.

E brilhavam no céu todas as estrelas...

Astros presentes a saudar o amor impossível

A saudar todo o labor de viver...

Ser fragata

E amar uma sereia.

(7/12/2008)

Iamma Mayura Gadelha
Enviado por Iamma Mayura Gadelha em 07/12/2008
Reeditado em 10/12/2008
Código do texto: T1323349
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