Tu és Meu Ópio.
Sou teus pecados,
Teus desejos mais profundos,
Tuas paixões alucinadas
E todos teus erros passados.
Sou a exata dimensão do inexistente
Que habita teu ser desgovernado.
Sou a lama e a flor de tuas andanças.
Sou a pureza de teu amor
E a amargura de tua solidão.
Sou o prazer que te apraz
E o lastro da tua insensatez.
Sou a liberdade do teu prazer
E a prisão de tuas escolhas.
E para mim, quem tu és?
A carne que me faz pecar,
Enchendo-me de desejos a te amar.
És a gloria de meus sofrimentos
Quando desconhecia o jeito de amar.
És o doce que tempera meu prazer
E o ópio que me envenena de orgasmos.
És a temperança de minhas vontades
E a realização de minha masculinidade.
És o maior amor em retribuição
A todos os pecados que me são doados.
Carlos
A alguém em especial.