A MAJESTADE

Minha imparcialidade tende a te favorecer;

O nome do que te sinto é bem querer, seu palmilhar é superlativo;

Não pode te alcançar nenhum adjetivo, és mais alumiada que o alvorecer;

Mesmo a morte consegue renascer nesse teu encantar tão instintivo!

Meu sangue corre porque meu coração bate a teu favor;

Até meus sonhos celebram teu louvor, meu ar requer tuas narinas;

E as lágrimas bailarinas irrigam esses jardins de amor;

Quão feliz eu sou, porque amado sou dessa deusa-menina!

Menina-musa de quem meu descaminho herdou maternidade;

Linda como a debutante tarde, farta de ínclitos adornos;

Vejo sem cansar os teus contornos e digo que das musas és majestade;

Superior ao dantes e à posteridade, brio mais elevado que os morros!

Feita de exageradas doses de requintes, nem mesmo o perfeito te imita;

E tudo quanto teu cetro dita redunda em pétalas de paz;

Julgo que de outro amor sou incapaz, juro que por ti meu peito grita;

Quando despontas até o mar se agita, talvez porque te ame - e eu, muito mais!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/12/2008
Código do texto: T1321860
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