A MAJESTADE
Minha imparcialidade tende a te favorecer;
O nome do que te sinto é bem querer, seu palmilhar é superlativo;
Não pode te alcançar nenhum adjetivo, és mais alumiada que o alvorecer;
Mesmo a morte consegue renascer nesse teu encantar tão instintivo!
Meu sangue corre porque meu coração bate a teu favor;
Até meus sonhos celebram teu louvor, meu ar requer tuas narinas;
E as lágrimas bailarinas irrigam esses jardins de amor;
Quão feliz eu sou, porque amado sou dessa deusa-menina!
Menina-musa de quem meu descaminho herdou maternidade;
Linda como a debutante tarde, farta de ínclitos adornos;
Vejo sem cansar os teus contornos e digo que das musas és majestade;
Superior ao dantes e à posteridade, brio mais elevado que os morros!
Feita de exageradas doses de requintes, nem mesmo o perfeito te imita;
E tudo quanto teu cetro dita redunda em pétalas de paz;
Julgo que de outro amor sou incapaz, juro que por ti meu peito grita;
Quando despontas até o mar se agita, talvez porque te ame - e eu, muito mais!!