EU POR VEZES...
Embarco
Em naus
Que não conheço
Não imune
A um certo tipo de embaraços
Por vezes nu
Raras vezes descalço
Porque gosto
De saber
O que piso
Que terra irei beijar
Livre de preconceitos
Ou
Se calhar
Cheio deles
Mas tal
Nunca me impede de navegar
Nas lágrimas
Que correm dos teus olhos
Do Teu
Intermitente chorar
Porque se essas lágrimas
Me podem afogar
Não sei
Sem elas
Passar
Passando por Ti
Como se nada me dissesses
Se o teu corpo e mente
Fossem algo
Que não me pertence
Que me é
Totalmente
Indiferente
Pois se carrego
O teu sofrer
E as tuas raras alegrias
Carrego-as
Para um palácio sublime
Que só Nós conhecemos
Que está situado
Entre o sonho mais terno
E a mais delicada realidade
Carrego-te nos meus braços
Envolvendo-te
Para Toda
A Eternidade…