A SEREIA MORENA

Tantas quantas forem as vezes que te disser que linda és, será como a primeira;

Tal como o fruto da cerejeira, que mina seus aromas e sabores por teus lábios;

As tuas curvas são palácios, onde reside a ébana morenice mais brasileira;

Sereia que me incendeia, quisera eu me abastecer nas chamas de teus abraços!

Tal como outrora te asseverei, tua imagem me avassala o coração;

Adorna a mesa da sedução e me convida para jantar;

A tua pele é requintado manjar, a tua forma é perfeição;

Desnorteando-me qual furacão, que fúlgido me vem por teu tímido falar!

Enquanto me avaliam teus valores e teus temores me questionam;

Desejos me inflamam e sigo a te exaltar dentre meus versos;

Quisera fossem os destinos inversos, sem os receios que te enganam;

Pois todos os meus fôlegos te chamam, pelos devoradores sonhos diversos!

E que sintas um longo beijo, à semelhança em dimensão de teu lindo véu;

Sempre te vejo ao contemplar o céu, porque segundo o meu olhar tu és estrela;

Vejo-me atado à tua teia, que me reivindica por teu réu;

Eu sou o faminto menestrel, confesso glutão e sedento por sua Sereia!

"Que não te emocione além do suportável esse meu verso, pois é em silêncio que mais te digo tudo quanto aqui te falo"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 03/12/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1316222
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