MEU MEDO

MEU MEDO

Como dividir espaços

entre o seu e o meu corpo?

Como conciliar limites

se o coração é grande

e a carne é fraca?

Que força é essa,

que mata, enlaça

e devolve-me à realidade?

Que medo é este

de abrir meu coração e dizer

que te amo?

Sinto que te quero

aqui e agora,

mas você me escapa.

Sei que me percebe,

mas há algo solto no ar

que não consigo compreender.

Se quero compreender, não posso!...

se compreendo, posso sofrer.

É melhor assim:

Te amar em silêncio,

te desejar sem possuí-la,

sentir essa sensação de coisa proíbida.

Mas se quiseres de verdade

ama-me de corpo e alma,

esqueça os limites, corra o risco...

e seja o meu mel, licor e vida.

Jair Rodrigues / Gov.Valadares / 02/12/2008

Jair Rodrigues
Enviado por Jair Rodrigues em 02/12/2008
Código do texto: T1314685
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