Desilusão...
Desilusão...
Por quanto tempo andei perdido,
pensando em ser seu querido
o mundo ruindo aos meus pés,
sem que eu pudesse ver o revés
da vida como um todo, como fui tolo,
pensando em te conquistar,
só ao seu lado querendo estar, e você tão distante de mim,
porque foste tão fria assim, me invadindo, me iludindo,
e por fim eu estava só, como sempre estive,
e assim não sei como se vive,
sem ter alegria, vida sombria,
à espera do dia em que pudesses me ver,
em que eu pudesse te ter
que doce ilusão, que bobo coração, que sonho desfeito,
só me resta agora, arrancar do peito, tentar achar um jeito,
de recomeçar, de parar de pensar, voltar a me gostar,
tentar me cuidar,
pois nesse tempo todo em que só pensava em ti,
até o determinado momento em que tudo entendi,
esqueci de tudo, esqueci do tempo, e acima de tudo
esqueci de mim, até breve, adeus,
quem sabe um dia, ou numa madrugada fria,
você lembre de mim, queira um sim,
vais ouvir um talvez,
e vai perceber assim,
todo o mal que fez pra mim...
Adilson R. Peppes.