DEIXE-ME IR
Nas asas do vento,
neste relento me sufoco,
maltrata...
deixe-me irneste sonho sem rumo,
sem direção,
esperança na mão,
deixe eu voar com asas de plumas,
e no cúme da lucidez,
embriagar-me desse desejo,
e no infinito,
esta loucura curada,
não me deixe morrer,
sem ver num delírio este sopro,
alçando voo em direção dos meus sonhos;
para onde daqui me levam...
deixe-me ir sentir o mar,
amor, o amor!
e meus beijos pegar carona nesta brisa,
que sopra em minha face,
e faz-me aquecer;
deixe-me ir devolver a cor do que posso ver!
no brilho dos teus olhos o entardecer,
lavar a alma nas águas do mar,
pisar na areia sem marcas deixar,
e contar a história dos passos...
no espaço que foi-me emprestado,
pelo tempo em que aqui,
eu poderia ficar.