CHUVA MINHA

CHUVA MINHA

No céu de nuvens cinzas

Se forma um formato diferente

Parece corpo de gente

Reconheço cada recanto

É você, para meu espanto!

Flutuam elas ao sabor do vento

Às vezes rápido, às vezes lento

Viajando pelo infinito

Será desatino

Essas coisas que imagino

Quero você, não minto

Tento segui-lo

Mas não consigo...

Deixo que levem consigo

Todas as minhas saudades

Que se alimentem de minhas vontades

Carregadas de ansiedades

E que de tão cheias transbordem

Gotejando desejos

Tocando meus lábios

Como se fosse teu beijo.

Me visitas mais intensamente

Nessa chuva torrente

Se ela também é você

Dela não me protejo

Quero molhar-me, de ti ensopar-me

Recebo-te de braços abertos

Sinto-te cada vez mais perto

Por cada gota tua

Meu corpo é coberto

O que um dia foi deserto

Não mais é solitário

Agora é por ti habitado

Sigo nessa sublime dança de alma nua

Com estranheza me olham pela rua

Pergunttando-se quem é essa louca

A tomar chuva pela boca

Mas eu sei o que ninguém sabe...

É que estou matando minha sede de você!

GABI BORIN
Enviado por GABI BORIN em 01/12/2008
Código do texto: T1312278
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