Ao amor que um dia terei

Olha-me e então nada mais existe.

Da inquietude plena de minha vida triste,

Tudo levas com o silêncio despretensioso do teu sorrir.

O que ilumina em extensão é a tua presença,

Ainda que nada digas irradias luz intensa,

Como estrela nova no céu ao surgir.

Quando me beijas, cobre-se de rubor minha fronte,

Tal qual o arrebol cobre o horizonte

Cada vez que o sol se apronta para partir.

Pergunto-me se no momento em que me abraças

Percebes o fulgor que nas minhas veias passa

Ou se apenas eu o posso sentir?

E quando me contas coisas do mundo no ouvido,

Finjo nada saber para que permaneças envaidecido

E ainda me vejas como a tola criança apaixonada por ti.

Larissa Lopes
Enviado por Larissa Lopes em 30/11/2008
Código do texto: T1311773