Boca com boca
Boca com boca
Boca carnuda, boca atirada, boca vadia,
boca safada.
Contornos loucos beija-la é pra poucos vou
gritar seu nome até ficar rouco.
Boca macia, boca leve e suave, Boca que ria,
boca branca de neve.
Boca louca que beija freneticamente, vou ao
paraíso fico meio ausente.
Mordida lenta deliciando-se com a fruta
degusta de lá eu de cá só olhando.
Aos poucos sumindo em sua boca cheirosa
a fruta vermelha e gostosa.
Seu dedo na boca me olhando de lado é a
coisa mais sexy que eu já vi, vou de longe
te deliciando calado.
Saiu agora pouco do banho, sobre seus lábios
fios de cabelo molhado.
Finge não me nota, porque gosta de ser beijada
do nada e é assim que vai ser deliciada.
Boca com boca encontro de lábios, carne macia.
Introdução do ato, do ato que prenuncia a invasão
esperada.
Gostoso enquanto na boca, na boca com boca.
Lábios da boca, língua que invade minha boca.
Língua molhada, molhada de prazer, liga minha alma
na essência de seu ser.
Devora-me, devoro-te, encaixe perfeito, toco seu corpo
toco seu peito, mas é na boca que me ajeito.
O NOVO POETA.(W.Marques).