Amor Aflito
As fotografias não saciam mais minha vontade
A tristeza vez com que acabasse com a minha vontade
E pelos cantos da casa, transcrevo o que sinto com uma caneta
A lembranças atordoam minha mente
Mais tudo não passa de uma mistura de lagrimas e tintura preta
Tento ser forte, grito com minha alma
Mas no fundo meu coração já foi vencido pela morte
Me esbravejo... tento...luto...grito
Mas vejo que estou a saltitar diante uma abismo
E por fim, vejo que esbravejar não vai adiantar
Que tentar agora, não vai retroagir a rotatividade
Que lutar debaixo de um contênier,
Preso por um fio de cabelo, não vai salvar o meu ser
Que gritos, na profundezas de um abismo, serão gemidos
E no fim a única solução é a decomposição
Dos meus órgãos envenenados e dos meus tecidos carbonizados
Mas que a dor, o desespero da saudade, protagonizados por min
Sirva de espelho em pedaços, que mais relevante
É viver e fazer valer a pena o agora
Antes que tudo caia na saudade