Uma vez há muito tempo...

Quando olho nos seus olhos cor de terra

Vejo que um amor tentou florescer em você

E sinto dentro de mim o desejo de abraçar teu corpo

Parece que agora estamos na mesma sintonia

Pergunto-me se você sabe que eu sinto a mesma coisa?

Todos dizem que nada pode dura para sempre,

Eu sabia disso desde o primeiro momento.

Mas nós dois decidimos arriscar tudo

Sabíamos que nossos corações não poderiam

E não sobreviveriam se nos dois nos separássemos

Foi difícil manter acesa a chama

Naquela tarde fria de novembro

Onde a chuva parecia ser o punhal

Mas cruel que feria fundo nossos sonhos

Sim, era uma tarde fria de novembro.

Estávamos vivendo um drama

Que nos fazia ensaiar um novo rompimento

E isso não poderia durar mais tempo

Então contemplei suas cartas e fotos

Tentando me livrar da dor e da solidão

porém, me disseram que amantes sempre vêm e vão

Mas, ninguém sabe ao certo quem é o culpado.

Quem errou e deixou o outro partir sem

Olhar para trás e sem se arrepender

Se pudéssemos, voltar atrás.

Eu e você poderíamos resgatar os sonhos

dar ao tempo uma amostra de seu próprio veneno

Eu poderia então, tocar em sua face.

Sentir seus cabelos entre meus dedos

Beijar delicadamente seus lábios

Sabendo que você seria meu

por toda minha vida

Então, se quiséssemos nos amar,

Eu deixaria você entrar em minha vida.

Você saberia que desta vez não reprimiria

Seus sonhos com minhas mãos egoístas.

Precisamos de algum tempo...

Para ficarmos sozinhos?

Precisamos de algum tempo para crescermos sozinhos?

Todos nós precisamos às vezes sentir a chuva fria

Caminhar solitários e sem rumo,

Para ter a certeza que ninguém poderia viver sozinho...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 29/11/2008
Código do texto: T1309601
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