Marcas dos espinhos
As marcas dos espinhos sangram-me
Os pés, na longa estrada inacabada e fria
Onde escurecem , e despem os relâmpagos
O manto da noite morre ardente, diluindo
Os lagos inacabados, transformados em gotas
Turvas, que deslizam serpenteando o nada
Calam-se as vozes da alma, removem os estilhaços
Sobre o ombro , os encraves de madeiras,
Que escandi a carne escrava, ferida, solitária