Marcas
Em cada marca de meu rosto envelhecido,
sinto a vida se esvaindo lentamente,
buscando encontrar em minha trajetória o sentido,
da tristeza que em meu olhar esta presente.
Lutas inglórias, promessas esquecidas,
carências permanentes, portas fechadas,
corações endurecidos, gente sofrida,
o desconhecido...fim de uma estrada.
Nesse contexto o capítulo final
presença marcante de um mar de ilusões.
É o improvável, surrealista e virtual,
que alimenta falsas esperanças...Dilacerando corações.
O mundo novo de meus velhos dias,
onde é quase impossível distinguir o bem do mal.
E fala mais alto a dor da nostalgia,
dando aos belos sonhos, um melancólico final.
O medo é forte, porem a solidão é maior,
a mentira tem presença permanente.
E o desespero de quem não sabe o que é pior,
segue envolvendo um universo de almas carentes.
E o lirísmo que um dia foi presença
nos versos do poeta apaixonado,
hoje é apenas luxúria e descrença,
do mundo moderno e seu triste legado.
Meditando no porvir do amanhã,
rotulado de ultrapassado e sonhador,
vou deixando em poesia minhas memórias,
porque não creio em felicidade... sem amor.