À VISTA DE UMA GRAVURA
A flor pintada no copo
Revela a eternidade
Do artista
Sem mancha venial.
Se a noite é distante
Cumpre criar o sonho
Para viver momentos
De perplexidade.
Pois aquele que brinca de dormir
Se entregou à insensatez
E recria o amor de olhos abertos.
Enquanto eu reproduzo o pote
A flor e o ouro
Retenho a linha dessas mãos alvas
No meu cabelo preto
Ou leve na nudez do ombro.
A flor brinca no meu regaço