DIAMANTE após DIAMANTE

Eu venho na noite pela lua úmida

do sexo incandescente de febre máscula

Eu te percorro nas profundezas sedosas

eu te sinto

avolumadamente despejo prazer e desejo

pela tua boca querente de violação

e grossura imensa

no néctar que os teus beiços puxam

para irrigar as rosas que te aveludam

goela abaixo

Minhas mãos deslizam pela tua pele

como raízes entranhando no corpo

da nuca até as ancas

cuja pérola cremosa eu sevicio

de macheza enterrada

mármore currando o adorno rebolado da tua oferta

derramando-te o leite que empina a fêmea do teu andar bailado

Eu dispo as estrelas e os triângulos

da minha pele de bruxo

enveredando na rosa

que avermelha o fruto da feminilidade

cujo pássaro empluma o encharcado

canto do amor colorgásmico

e deságuo a minha fúria

na tua gula de receber

o que te entrego todo

diamante após diamante

pela fenda do sonho transbordando

o vôo aquático do me desfazer em você

o quanto me acabar dentro do teu sexo inchado

de entrega devorada me faz nascer

para te amar além dos limites do amor

o quanto do amor ilimitado eu amo

sem qualquer outra intenção

que amar demais

p'ra te fazer minha mulher