Lilás...quase um veneno sublime que adentra

No riacho doce, aquele que murmura os amores

Em correntezas de espelhos que acolhem a minha alma.

É refrigério que engana...pulsa quente a gana

Seduzido riacho, em lilás seduz e profana.

É lilás...e se oferta sem dar...e suplica sem pedir

Num querer quase na beirada do roxo

No frescor delirante do riacho que borbulha queixoso.

Silencio no leito fosforescente desse rio que acho,

Ser teu rio, tua água , teu riacho.

Revelada em lilás, em tão teus versos em que abrasada vivo

E tu, que vives no curso do versar a me buscar...no passo do meu desvario.

Em lilás sossego no fundo dessa palavra que me espera

E no espectro das cores poéticas do teu caminho

Cruzo em riacho lilás as luzes de um sonho...uma quimera.

KARINNA


Karinna
Enviado por Karinna em 27/11/2008
Reeditado em 13/12/2008
Código do texto: T1306258