Uma noite em pranto
As horas no amor
Não tem medidas.
Passam como queiram,
Sem nos perguntar
O que queremos,
E sem se importar
Com o que sentimos.
Uma noite às escuras,
Em claro pranto,
Por uma frase mal colocada,
Atingindo como facada
A pessoa amada.
As horas repetiam,
A mal dita brincadeira,
Esbugalhando os olhos,
Em lágrimas sentidas,
Espantando um
Coração Solitário.
Por te amar demais.
E a medida,
Que os olhos moídos doíam,
Quase secos,
Quase nus,
Sem vida, sem coragem,
Enfim te encarei,
Beijei-te em fotografia.
A noite chegaria
Ao fim do telefonema,
Interrompido sem fim,
Ao choro em duas
Formas de amor:
E uma ponta,
Lágrimas de certeza
Do amor incerto,
Na outra,
Lágrimas incertas
Do amor certo.
E a noite findaria,
O dia que selaria
O amor
Do encontro
Que tanto seria
O encanto
De seres
Que se amam tanto.
E a distancia,
Noite, tempo, horas,
Acimentando,
Lágrimas em rosto,
Salgadas,
Em concreto desejo,
Em te dizer te amo,
Cravado
No peito
Em pranto
As mão tremulas
Por
Te amar tanto assim.