Permita-me...se ainda houver sonho e encontro
Cravar na palavra e no verso o princípio do oceano
Que na superfície das ondas me molha...então tremo
Mas a beleza do fundo é o sentimento...sem engano.
Permita-me...se ainda houver toques e carícias
Abrir o sorriso feliz, atravessado de esperança
Mesmo que por vezes dolorida e sem malícia
Quebrar com meu ardor todas as cruéis lanças.
E...se ainda houver fogo da paixão terei alento
Para prosseguir ferrenha e doce o marejar dos anos
Não sucumbirei ao pranto...contando o fugaz tempo
Em que ansiei e clamei por teu encanto.
Ah...mas se ainda houver esperança...me consinta
Ser brasa do teu fogo...acorde azulado da tua canção
Luz da tua escuridão...neon que apaga a lágrima
Amor que vibra nas cordas do teu violão...
KARINNA