Você, Eu e a Chuva

De repente, mas devagar, devagar

Olho pro indefinido, ameaçador de significação

A chuva cai dolosa e copiosamente,

Parece querer furar a couraça de pena

Que esconde e protege a bela rolinha

Meus olhos conscientes dilatam-se,

O ar está mais desagasalhado, mais frio, mais triste

Leves brisas de contradições roçando pela face

Sozinho sinto saudade da sua companhia

O giro lento do olhar que como um compasso que gira

Traça a minha busca mais vaga no horizonte...

Você que quero encontrar para ter poemas reais.