No silêncio da alma
O tempo recorta o viés
da saudade, no
retalho das emoções.
Costuro nos ponteiros
do relógio a calma
que a vida não me dá.
Pessoas que atravessam
o dia, afastam-se da
noite.
Na madrugada não
ouço mais o canto
do galo que tece
a melodia estridente
do amanhecer.
Estou na cidade,
mas ainda ouço
o silêncio que corta
a alma e imprime
a solidão do ser só,
somente só.