FILOSOFANDO
Ninguém, proferiu o grande discurso,
Sobre o amor, pois o tema incomoda
Chega a descarregar todos os sofrimentos
Da paixão que enobrece e ao mesmo tempo esnoba.
Falar de amor, não é só senti-lo
É observar a natureza em evolução,
Mais, e então porque tantas alegorias
Pra decifrar um dia de verão.
A te que pensas, na razão da existência,
Vagueia a inocência de chegar a incomodar,
Pois o medo apavorante desabrocha os sentidos
E a prisão da ilusão por não saber amar.
Quantas orgias, traições...
leva o nome de amor?
- pois , chega a ser real tal blasfêmia.
Não desperta no ser o verdadeiro valor,
Adoece a alma por sermos cego em demasia
É vivermos o egoísmo de nos fazermos sofredor.
Tudo flui, ao encontro da harmonia,
O rio que transborda no mar,
O vento proliferando a vida,
E o homem sozinho a sonhar.
A infelicidade da solidão existencial
Vibra na aura o negrume da cor,
Sem sentir entregamos a melancolia
Ao universo, àquele que nos criou.