O AMOR EM MIM

O amor que iberna em mim

Pode despertar e afora sair

Pelo tempo da solidão em rigor

Que meu ser a adota à si,

E me faz e me faz infeliz

Que meu peito sente terrível dor...

Que dor terrível, meu peito sente,

Ao estar no tempo, no atróz relente,

Mas, dentro dele, o amor iberna,

Dentro dele é térmico, meio frio, meio quente,

De fequencia permanente terna,

Mas pode sair em busca da paixão fraterna...

Em busca, sim, da paizão que lhe é sua,

Que amanhã ou depois encontrar-se-a na rua,

Um indo, outro vindo, podendo unirem-se,

E a parte que me está sobrando

Do meu corpo, é de alguém, que está lhe faltando,

E, ao se acoplarem, poderão, felizes, sorrirem...

Sorrirem, felizes, ao se acoplarem,

Ante trovões e relâmpagos de tempestade,

Durante o ato de amor por dois, vivido...

Mas, de plantão, sempre tem um pessimista

Que ignora o amar de um otimista,

Não permite ver casos de amor resolvidos.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 23/11/2008
Código do texto: T1298788
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