O AMOR EM MIM
O amor que iberna em mim
Pode despertar e afora sair
Pelo tempo da solidão em rigor
Que meu ser a adota à si,
E me faz e me faz infeliz
Que meu peito sente terrível dor...
Que dor terrível, meu peito sente,
Ao estar no tempo, no atróz relente,
Mas, dentro dele, o amor iberna,
Dentro dele é térmico, meio frio, meio quente,
De fequencia permanente terna,
Mas pode sair em busca da paixão fraterna...
Em busca, sim, da paizão que lhe é sua,
Que amanhã ou depois encontrar-se-a na rua,
Um indo, outro vindo, podendo unirem-se,
E a parte que me está sobrando
Do meu corpo, é de alguém, que está lhe faltando,
E, ao se acoplarem, poderão, felizes, sorrirem...
Sorrirem, felizes, ao se acoplarem,
Ante trovões e relâmpagos de tempestade,
Durante o ato de amor por dois, vivido...
Mas, de plantão, sempre tem um pessimista
Que ignora o amar de um otimista,
Não permite ver casos de amor resolvidos.