ALMOFADAS DO AMOR.

Sem nada negar

Nasceu um novo dia

Que foi nos dado

Como sublimidade do tempo.

A donzela arduamente

O esperava em resignação,

Um príncipe lindo

Pra curar sua aflição,

De repente, não mais que de repente

Ouve-se um cantar de anjos,

As nuvens pairavam no ar

Como lindos pássaros a voar,

E ela estava somente esperando,

O cavalo motorizado,

Tempestuosamente desvirginado

Abrir as ramas e raptá-la

Em beijos doces e graves.

Com olhares desprendidos

Entre as folhas das árvores esperava,

E eis que ele chegava,

Numa moto envenenada

Cabelos ao vento jogados,

Arrebatou-a num beijo volumoso,

Entrelaçando os lábios ardentes,

E com perspicácia do sol

Ouve-se um sopro no ouvido,

Era o vento, que estava perdido,

Interrompeu o arrebatamento

De sua alma com um arrebento

Saiu na janela e viu um dia lindo,

Voltou para a cama,

E continuou dormindo.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 21/11/2008
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