ALMOFADAS DO AMOR.
Sem nada negar
Nasceu um novo dia
Que foi nos dado
Como sublimidade do tempo.
A donzela arduamente
O esperava em resignação,
Um príncipe lindo
Pra curar sua aflição,
De repente, não mais que de repente
Ouve-se um cantar de anjos,
As nuvens pairavam no ar
Como lindos pássaros a voar,
E ela estava somente esperando,
O cavalo motorizado,
Tempestuosamente desvirginado
Abrir as ramas e raptá-la
Em beijos doces e graves.
Com olhares desprendidos
Entre as folhas das árvores esperava,
E eis que ele chegava,
Numa moto envenenada
Cabelos ao vento jogados,
Arrebatou-a num beijo volumoso,
Entrelaçando os lábios ardentes,
E com perspicácia do sol
Ouve-se um sopro no ouvido,
Era o vento, que estava perdido,
Interrompeu o arrebatamento
De sua alma com um arrebento
Saiu na janela e viu um dia lindo,
Voltou para a cama,
E continuou dormindo.