Não Adianta Negar!

Direi sobre a ditadura do corpo

O corpo que sente

E não mente

Expressa até mesmo

O que a alma não confessa

O corpo que grita porque tem sede ou fome

Não apenas de comida...

O corpo que acorda

Na manhã fria

Ou tarde morna

Ele que expressa

Se excita

Mesmo distante

Quando tudo parece

Além do alcance...

O corpo não mente

Ele quase sempre não é

Subserviente

É transgressor

E só escuta os desejos de amor

De colo

De pele

De olhos

Hipnotizados

Poros em arrepio

Ah! O desejo!

Que corre solto

Como águas de rio

Ou revolto, feito ondas de mar...

Como curar a febre feita de amor

Tantos amores há...

Eu acredito no amor de alma

Que a pele não deixa mentir

Não adianta negar

Existe sim, está lá!