Lambida Ardente
Sinto na minha medula arder
O passeio dos teus lábios a lamber
No apelo atendido de suave prazer
De uma pele que expele aromas
A desfolhar de sedosas pétalas
Na inquieta espera do que falta
Que a tua língua lavra e assalta
No labial de caricias que exalta
Como gritos de amor que matam
Porque vicia e se vê pulsar na veia
Soltos no ar em tremer de paixão
Vestidos de suor na febre do tesão
Onde os rugidos lá do mais íntimo
Provocados... Reagem e interagem
Descobrindo o caminho da gruta
Escondido, enfurecido... Solta grunhidos
Pela busca do tesouro vai astuto à luta
À festa dos enlaces, abraços e amassos
Almas se roçam no mesmo ritmo se beijam
Lambidas ardentes plenas de essências
Fundem desejos na intensidade do beijo
Lábios, bocas, línguas... Tudo em festejo
Que se dá assim bonito pelo corpo inteiro
Digno de memorial labial do beijo maneiro
Aqui o pódio do coração da honra e do mérito!
Hildebrando Menezes