Todo Amor
Todo amor tem um quê de tristeza,
Um prenúncio de vendaval.
Sua alegria está em quem ama.
Sendo livre quer se escravizar.
Todo amor se fere inteiro,
Mas floresce a cada ferimento.
Cada dose sua cura tudo,
Sustenta a vida frágil.
Todo amor se multiplica em si mesmo,
Se reinventa a cada pôr-do-sol.
O amor se reflete no reflexo de outro amor.
Surpreende quando as horas terminam.
Todo amor tem um tempo,
Um eixo que sustenta a vida.
Amor não acaba, mas se maltrata;
Com isso, se faz forte e corajoso.
Todo amor forma laços e,
No fim de cada despedida,
Segue sozinho,
Sempre amando pela vida toda.